UMA CANÇÃO DE GELO & FOGO
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CENA PARALELA: Estrada para Rochedo Casterly - Noite de Acampamento

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Mensagem por Cyan MacLeod 16.11.15 18:11

Bem, a noite estava tranquila. A carne e o vinho foram saborosos, e algumas canções em volta do fogo, com os soldados, me fizeram lembrar de Coroa Dourada, não sei o porque. Talvez tenha sido a sensação de felicidade.

Ao ver a luz da lamparina acesa, sabia que meu irmão estava acordado. Sim, esse seria um bom momento, afinal já estávamos longe de casa a alguns dias e provavelmente haveria algum tempo para conversarmos.

Com respeito, me aproximei da entrada da tenda e pedi licença.

Boa noite Mylord. Será que poderíamos conversar?

Por Westeros e pelo mundo além do mar estreito, eu vi tantos coisas que nunca havia imaginado, que um dia já cheguei a pensar que nada mais me surpreenderia. Mas foi apenas para aprender que o amanhã sempre irá achar uma forma de me mostrar algo novo. É algo que eu amo e anseio.
Mas nem isso me livrou da surpresa que foi pegar-me encabulado ao iniciar o assunto. Essa sensação de conhecer algo novo, ainda que sobre mim mesmo, me diverte, e não pude conter um sorriso.

"Irmão, no dia anterior a sairmos de Coroa Dourada, na ocasião da recente bênção de seu novo herdeiro, perguntou-me quando seria a minha vez de começar a dar-lhe sobrinhos. Eu lhe disse que estava pensando nisso, lembra?"

Pude sentir um familiar frio subindo pelas costas. O que senti quando lutei a primeira vez até a morte. Quando mergulhei no mar pulando do alto de rochedos, ou quando beijei a primeira vez. Estava longe de lembrar de qualquer uma dessas situações, a não ser talvez pelo salto, pois era a emoção de estar caindo sem ver aonde ao certo, mas sabendo que a sensação já havia valido o risco. Exatamente como em um mergulho, só havia uma direção possível a se tomar.

Cheguei a pensar que provavelmente já fazia tempo que eu não tinha algo que gostava, e que tinha medo de perder.

Mas mesmo com essa estranheza... estando um tanto surpreso. Mesmo me julgando enrubescido e até ainda que aquecido pelo vinho e cansado pela viagem, eu me sentia a vontade. Me sentia vivo.
Flertando com o receio, fui em frente, indo direto ao assunto.

Eu não saberia fazer diferente.

"Eu gostaria de pedir a sua permissão para cortejar sua protegida, Lady Veivila da Casa Mormont"

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Mensagem por Dunkan MacLeod 31.12.15 0:00

Sobre uma mesa improvisada, uma pequena lamparina de óleo iluminava os papeis diante de Lord Dunkan. Trouxera em sua viagem antigos registros financeiros do tempo de seu avô para ocupar sua mente quando estivesse farto da companhia dos outros homens. Nesta noite esperava que a tediosa história financeira da casa MacLeod lhe distraísse tempo suficiente até que o sono o vencesse. Mas um registro avulso, encontrado dobrado entre as páginas de um antigo livro caixa, havia espantado qualquer sono e deixado apenas dúvidas que lhe tiravam a tranquilidade da alma. Estava ali descrito um carregamento de aço endereçado para Porto Real. Por décadas todos os carregamentos seguiram somente para cidades nas terras ocidentais. Além do destino inusitado o volume da carga não justificava o custo da viagem. Dunkan desejou profundamente poder falar pessoalmente com seu avô para entender o motivo deste disparate.

Enquanto estava perdido em seus pensamentos, um estranho entrou em sua tenda. Levou alguns desconsertantes instantes até que Dunkan percebesse que era seu irmão que estava diante dele. O rapaz apresentava uma postura e um expressão inabituais, e até mesmo quando começou a falar as palavras não pareciam as de Cyan. Esta situação encheu Dunkam de preocupação. Então quando as todas as palavras foram ditas, um alívio tomou conta e Dunkan não pode conter um sorriso diante de tão prosaico pedido. Em tom de troça respondeu:

"Sei que cobrei sobrinhos, mas eu não estou tão desesperado assim!"

Dunkan não costumava brincar com as palavras e elas soaram mais rudes do que ele desejava. Percebendo seu erro ele procurou amenizar a tensão assumindo sua costumeira  postura formal, mas sem exageros pois diante dele estava seu estimado irmão. Não haveria necessidade de ser autoritário, mas a conversa não seria fácil. Haviam muito o que discutir.

"Pegue aquele banco ali na entrada e sente-se comigo irmão."

Procurou soar despreocupado. Serviu-se de um copo de scotch, oferecendo outro para Cyan. Bebericou e apreciou o forte conteúdo do copo baixo ornamentado. Somente após uma pausa, onde parecia refletir sobre o gosto da bebida em sua boca, ele continuou.

"Antes de eu lhe dar uma resposta Cyan, preciso entender o porquê de você acreditar que será proveitosa uma aliança com a venerável e paupérrima casa Mormont..."

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Mensagem por Cyan MacLeod 13.01.16 23:56

Cyan ainda se sentia um pouco desconsertado enquanto pegava o banco e o colocava perto da mesa improvisada, cobrindo-se pela bruxuleante luz da lamparina. Mas a medida que seu lorde falava, ouvia mais e mais o seu irmão e isso o deixava mais a vontade. Serviu seu copo do mesmo scotch, mas tomou um grande gole rapido, que desceu forte, arrancando uma careta.

"Bem, confesso que se a pergunta tivesse sido: Porque gostaria de se casar com ela, a minha resposta seria outra.

Mexendo o copo, via o movimento circular do liquido, enquanto juntava seus pensamentos.

"Eu já pensei bastante sobre isso... Venho pensando a algum tempo. Nós temos primos em todas as casas das terras ocidentais, e imagino que muitas das casas nobres vizinhas renderiam uma aliança frutifera, e que não seria dificil costurar um casamento. Lembro de imediato da poderosa e honrada casa Brax, de nossa avó, e da rica casa Lefford, mas infelizmente ambas não possuem damas disponiveis a se cortejar.

Seu olhar partia para a entrada da tenda, como que acompanhando seu discurso, que seguia viagem pelos sete reinos:
"É então que começo a pensar que, eu não tive uma infância comum as casas nobres. Eu viajei bastante, e sei que apesar de meus modos as vezes não serem apreciados, essa talvez seja uma vantagem a qual podemos aproveitar. Conheci algumas familias da campina, e tenho certeza que as terras ferteis e os cavaleiros dedicados poderiam nos serem uteis algum dia. As terras da tempestade e o vale, bem, essas não tive muito tempo de visitar." tomava outro gole, agora pequeno, sentindo o sabor e comparando com suas lembranças do doce vinho dornes.

"Agora, como sabe, conheci bem Dorne. E tenho certeza que mesmo Lorde Twyn ficaria feliz com um laço a mais com o reino. Como sabemos, a propria Lady Joanna pretendia unir um dos gemêos com Elia ou Oberyn, a qual eu mesmo cheguei a conhecer melhor do que Jayme ou Cersey.
Acredito que ainda posso ser bem recebido por Lorde Gargalen, a qual já me acolheu muito bem em outros tempos. Mas infelizmente ele não tem uma filha disponivel, nem mesmo sobrinha. Eu poderia ir a sua corte novamente, e de lá procurar uma pretendente entre os outros nobres, mas para ser sincero, acho que um casamento tão distante seria dificil e talvez bem além de mim"


Seu olhar agora se voltava para o irmão "É então que penso no norte. Tambem conheci o norte. E pela graça do destino, a casa MacLeod abriga uma nortenha em seu seio. Sei que entre tantas casas, os Mormot não seriam sua primeira escolha para uma aliança. É uma casa antiga, mas pobre.
Mas uma coisa podemos dizer sobre a ilha do urso: Eles são fortes, e são honrados. Penso que nós temos grandes riquezas em nossas minas, e nos ultimos anos nossos maiores problemas tem sido com os homens de ferro e outros salteadores. Um punhado a mais de braços fortes e guerreiros experientes não seria de todo o mal, se viermos a precisar.
Seu lema é Aqui Permanecemos. Palavras corajosas e decididas. Dito isso, ouvi dizer que no forte dos Mormont, há uma estatua de uma mulher, que dá de mamar a um bebê enquanto segura um machado de batalha. Se eu puder desejar algo para meus filhos, quero que sejam fortes. Fortes e confiaveis. Para que no futuro possam proteger Lorde Dorian. Não acho que uma mulher das terras ocidentais possa fazer o serviço tão bem como uma Mormont, ainda mais uma que por si só se tornou mestra da caça, e que foi capaz de lutar ao nosso lado em nossa ultima batalha."

 
Cyan gesticulava, tentando expressar seus pensamentos. Em sua postura era claro que se animava ao falar da mulher com orgulho.

"Mais do que isso, o lema das terras frias: O norte se lembra.
De todos os reinos que conheci, posso dizer sem erro que nenhum é tão ligado a familia quanto os nortenhos. Tambem lembro que, em 300 anos da chegada do conquistador, o unico povo que já marchou sobre Porto Real foi o norte. Se fosse apostar que há alguma casa distante a nossa, que teria uma chance de vir em nosso auxilio, caso fosse preciso, apostaria em uma casa do norte."


"Além do mais, os Mormont são uma casa antiga, que assim como a nossa, tem uma ligação direta com seus susseranos. De certa forma são próximos aos Stark, e penso que não seria dificil conseguir que um futuro filho fosse bem recebido em uma casa maior, talvez os Karstark ou Cerwyn. Estamos falando de um laço com o Norte, algo que em 20 gerações as terras do oeste nunca tiveram. Não parece pensar tão distante que talvez um de seus sobrinhos neto possa ser escudeiro em Winterfell.".

"Esse me parece um bom motivo para unir os MacLeod aos Mormont. O jovem Edhan tem colhido boa fama, e sei que um dia nos trará um bom casamento. Donavan e Corine tambem me enchem de esperança, e sendo primos de Lorde Hammel, talvez possam abrir caminho pela campina"  Voltava a ter um ar um pouco sem graça ao baixar o olhar, mirando o copo que segurava entre as duas mãos

"Agora, se levarmos em conta a resiliência e gênio forte dos nortenhos, qualidades que se fazem tão vividas em Lady Veivila, não vejo outro homem que possa forjar um casamento com o norte além de mim. brotava-lhe um sorriso no canto da boca "Sim, eu faria isso por nós. É uma chance única em toda a nossa história, e não acho que devemos perde-la."

Voltava a olhar para Dunkan, para terminar "E eu gosto da garota, afinal"

(Referências:
 -Não há nenhuma menção de personagens da casa Lefford nessa epoca.
 -Tambem não há citação de garotas da casa Brax no periodo, e pelo que me lembro a V. disse que o Brax que apareceu no preludio era irmão de outros dois.
 -É dito que Joanna Lannister e a princesa governante de Dorne pretendiam casar Jamie ou Cersey com Oberyn e Elia, e por isso eles estavam viajando para casterly Rock, mas que após a morte de Joanna, Twyn se mostrou pouco receptivo e ofereceu Tyrion a casamento, o que foi visto como um insulto. Imagino então que eles estavam em quando Joanna morreu, e por isso participaram do funeral, e que esse tipo de informação seria meio que fofoca da epoca. Tambem é claro que Cyan não saberia que Twyn não liga pra dorne, uma vez que ele ainda não deu o migué no Oberyn e na Elia.
 -A wiki diz que a ilha do urso foi dada os mormont pelo Rei Rodrik Stark, que deve ter vivido entre 4000 antes de Aegon até o ano da conquista. Sendo a terra dada pelo proprio susserano, me soou bem parecido com os MacLeod.
 -O que Cyan diz como o norte marchando em Porto Real foi durante a dança dos dragões, por volta de 130 depois de Aegon. Cregan Stark marchou para o sul apoiando Rhaenyra, mas a guerra meio que termina quando ele chega na capital, uma vez que tanto ela quanto o Aegon II morrem. Ele pega o exercito dele e toma a capital sem batalha, pelo que eu entendi. Vira mão do rei por 1 dia no que foi conhecido como a "hora do lobo". Até onde eu sei não teve nenhum outro exercito em Porto Real até a rebelião do Robert, que tambem incluiu o norte e o Cyan nem pode citar. Depois disso tem o Rob tambem invadindo as terras ocidentais, então acho que dá pra dizer que o norte é o povo mais fogo no rabo pra sair invadindo.
-Eu não sei bem, mas acho que as casas do norte apoiaram os Targaryen na guerra Blackfyre, assim como os Lannister, não foi?
-Um detalhe é que no mapa não oficial mais aceito, a ilha do Urso é relativamente perto de Winterfell, bastando pegar um barco até bosque profundo da casa Glover e depois atravessar a floresta até o castelo, oque é uma distancia menor do que Coroa Dourada até Rochedo Casterly.
 
Se tiver qualquer coisa contraditoria a historia, me avisem que eu edito o post).

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CENA PARALELA: Estrada para Rochedo Casterly - Noite de Acampamento  Empty Re: CENA PARALELA: Estrada para Rochedo Casterly - Noite de Acampamento

Mensagem por Dunkan MacLeod 25.01.16 21:41

Dunkan ponderou as palavras com precisão. Todo aquele discurso sobre o valor dos nortenhos tinha pouca relevância se comparado com aquelas últimas palavras: E eu gosto da garota afinal! Era um comentário contido, mas sentimental. Assim sendo, argumentos lógicos teriam pouca força contra os sentimentos de Cyan. Com esta análise em mente, Dunkan inciou sua resposta.

"Concordo, concordo... Uma aliança com o Norte seria interessante. Mostraria às casas ocidentais que a influência dos MacLeods chega até terras distantes. Mas só há uma falha nesta sua proposta, e esta falha é justamente os Mormonts!"

Dunkan tomou um grande gole do scotch e continuou:

"O problema de qualquer aliança com uma casa nortenha é que o Norte está muito longe e seu povo está muito disperso. Eles levam muito tempo para reunirem suas forças e marcharem além do Gargalo. Foi por esse motivo que um Stark conquistou Porto Real ao final da Dança dos Dragões. Quando ele finalmente chegou já não havia mais exércitos inimigos com quem pelejar!" Deu um leve sorriso. "De qualquer forma a espera  vale a pena se você aguarda um grande exército, mas os Mormonts não possuem uma força que valha esperar! Eles poderiam enviar no máximo uma centena de homens pelo mar, mas eu duvido que eles tenham barcos suficientes e mesmo assim teriam que passar pela baía dos Homens de Ferro."

Reclinou-se para frente, apoiou as mãos sobre a mesa e em tom de confidência revelou:

"Em verdade, a pequena ajuda bélica que os Mormonts poderiam nos fornecer já está garantida. Enquanto tivermos Veivila como nossa protegida seu irmão estará obrigado a nos prestar ajuda, e quando ela se for ainda restará uma dívida de gratidão que Lord Jeor será compelido a pagar!"

Encarou o rosto do irmão apreciando seus belos traços.

"Você é um grande homem Cyan, dono de um grande nome. Não precisamos ser precipitados. Podemos encontrar uma noiva mais..."

Propositadamente Dunkan não completou a frase, interrompendo-a com outro gole de scotch.


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Mensagem por Cyan MacLeod 09.08.16 3:58

(Pois é, a V. me fez terminar meu belo Hiato Martiniano TM" ...
Então, eu queria detalhar melhor a conversa entre eles, mas fica dificil discutir no forum, pois ficaria melhor com mensagens mais curtas e rapidas. Por isso eu não vou delongar e deixo uma sequencia já encerrando. Mas se quizer continuar, fica a vontade, mesmo o Cyan saindo, ou eu posso até editar o fim. Tambem se for concluir, tipo só com pensamento, pode descrever a saida dele, fechando a cena.)

A realidade que Dunkan propunha açoitava a confiança de Cyan. Eram golpes em forma de detalhes que ele não havia considerado e essa posição vulneravel era no minimo desconfortavel para um homem de armas. Mas não só o bastante para preocupar um soldado, era tambem mais do que incomodo para um jovem.
"uma mulher mais..." Escutou a resposta, esperando atento pelo final da sentença. Um tanto inseguro como estava, aproveito a deixa para se por de pé, desviando o assunto para aquilo que tinha de certeza:
"Mais bonita?" completou.

Tinha um tom de brincadeira, pois era claro que essa não era o final da frase original. O silencio que antecedeu suas palavras tambem havia servido para que sua mente tomasse a liberdade de buscar a imagem da nortenha, que foi naturalmente sendo contornada com mais força, a medida que sua insegurança crescia e que a ideia de um casamento parecia ficar mais distante.
Viu o rosto emoldurado pelos cabelos negros, os olhos verdes tinham um olhar distante, serio e pensativo. Os labios fechados estavam quietos, mas logo formavam um sorriso, que parecia um desafio.
Cyan respondeu o convite, e falando de forma tal qual seu pensamento fosse real, na tentativa de que Dunkan compartilhasse a visão da bela garota:

"Ah irmão, eu acho dificil. É claro que há belas mulheres em Westeros... Mas Lady Veivila..."
Abriu um sorriso malicioso enquanto tomava tempo para admirar seu pensamento. Via o rosto novamente, e aproveitou para tomar um gole de bebida a medida que os traços que desenhava na mente formavam as curvas luxuriosas de um corpo completo.
Tambem sem terminar a frase, voltou o olhar para o irmão. A malicia dava lugar a uma expressão dividida entre alegria, anciedade e inocencia, de uma forma tão natural que provavelmente só seria possivel no rosto de Cyan. "você me entende, não?" ficava escrito em sua testa.
Era em parte um garoto, afinal.

Se sentindo um instante mais confiante, considerou a retórica da frase não terminada de seu lorde. Suas ideias sobre uma aliança com os Mormont, ou a prospecção de alcançar o norte em duas ou três gerações, não pareciam impressionar o irmão de ouro.

Desviou os olhos para o lado, observando o pano da tenda, que servia de parede entre o escuro da noite fria e a chama vascilante da lamparina. Tomou outro gole, enquanto juntava alguns pensamentos, tentando afinar novamente o seu tom para politica.

"Bem, eu imaginei que um laço de sangue seria mais forte que uma divida. Eu penso que, quando a noite realmente chega, só podemos contar com a familia... Não sei se eu poderia confiar em todo nobre das terra ocidentais..."
Pensava principalmente em Lorde Farman, que tinha conhecido a poucos dias e em nada despertava sua simpatia. Imaginou rapidamente o homem rico correndo em seu cavalo, fugindo de bandidos enquanto jogava para trás seu servo, a qual tinham encontrado.
"... Mas sei que poderia confiar nos Mormont. Se eu pudesse pagar ouro em troca desse tipo de confiança, eu com certeza o faria."
Se dirigiu a outro gole, mas parou o copo perto da boca. "Ao menos acredito ser um valor maior do que o que tenho... Apesar da lamina ser MacLeod, o ferro de que sou feito não reluz como ouro e isso pesa mais para o Lorde pomposo que tiver uma filha disponivel..."

Abaixou o copo brevemente, completando "... Disponivel e muito bonita." Sorriu brincando, logo antes de virar outro gole.

Sentiu o ardor na garganta, como se a bebida começasse a ficar mais forte. Já fazia algum tempo desde a ultima vez que provara o destilado feito por Angus. Esqueçeu, por um instante, a importancia de não segurar o fogo liquido na boca. Riu consigo mesmo, lembrando de observar o mestre das batatas realizar o seu oficio em Coroa Dourada, em meio as preciosas garrafas, ainda quando criança, e do velho Connor lhe dar seu primeiro e sufocante gole. E agora terminava um copo, falando de casamentos com seu irmão, Sor e Lorde.
Bem, a bebida era algo MacLeod, e ficou feliz em dividir um momento e uma garrafa com Dunkan. Era algo que jamais teria em Essos ou qualquer outro lugar, por mais exuberante ou livre que fosse, desde que Connor se foi. Mas decidiu deixar esse pensamento guardado para si.

"Bem, Dunkan, eu não apostaria um dragão de ouro no arco e flecha contra Grinn ou mesmo Sor Albert. Nem em um braço de ferro com Sor Bort. Seria um tolo em colocar uma moeda em entender melhor as casas nobres do que você."

Colocou o copo sobre a mesa, gesticulando largamente com os braços abertos, a medida que falava
"Confio no que me disser sobre o valor de um casamento... Mas eu realmente estou serio sobre meu interesse na garota. Não posso dizer que é o melhor para nossa casa, mas posso dizer com certeza que é o que quero para mim."

Continuou "Creio que alguns casamentos são feitos para forjar alianças... Outros para forjar homens. Se nossa casa for capaz dos dois, almejo para mim o segundo, pois a espada que sou teria um fio mais cego a cada ano, se ao final do dia eu não encontrar em minha cama uma dama que se interesse por algo alem de bordados, roupas e fofocas".

Com isso, não conteve uma expressão um tanto quanto engraçada de puro desgosto, enquanto imaginava uma velha enrrugada que bordava.

"Por isso mantenho meu pedido. Gostaria de sua permissão para me casar com Lady Mormont. Peço tambem como seu irmão, que ao menos pense na ideia. Hoje nada me faria mais feliz que isso."

Cyan se levantou, ageitou o cinto e continuou "Bem, sabemos que sou um homem de desejos simples" sorriu com o canto do labio "Esse provavelmente será o mais estravagante de minha vida."
Apoiou a mão no cabo da espada, como sempre fazia ao relaxar o corpo estando em pé. "Mas já sou grato por sua atenção, e pela bebida. Tambem por qualquer conselho que queira me deixar."

"Espero que o futuro traga tempo para que possamos fazer isso mais vezes... Talvez após uma caçada, pois seria otimo falarmos sobre nossos sobrinhos dividindo um belo assado de javali, da proxima vez"

Sorriu, e virou-se para sair da tenda e entrar na noite gelada.

(Talvez se fossemos conversar saisse algo legal, mas eu considerei tambem que não teria muita razão o personagem discutir politica a fundo, ao menos não de forma determinada, afinal ele é moleque, meio estrangeiro e mais soldado, então a resposta é tambem um teste de como fazer ele parecer um cara mais de boa, e lembro de vc dizer que uma ideia era fazer ele usar mais frases rapidas. Dai achei que seria legal ele não insistir muito ou argumentar batendo na mesma tecla. Qualquer coisa podemos acertar isso em off e conduzir a cena juntos).




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CENA PARALELA: Estrada para Rochedo Casterly - Noite de Acampamento  Empty Re: CENA PARALELA: Estrada para Rochedo Casterly - Noite de Acampamento

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